Miguel Setas fica na EDP

Miguel Setas, presidente da Energias do Brasil e um dos quadros mais fiéis ao CEO da EDP, António Mexia, com quem esteve na Galp e com quem se transferiu para a EDP, vai manter-se no grupo, onde passou a integrar a administração. A manutenção de Setas na EDP põe de lado a hipótese de transferência para rival Galp Energia, desejada pelos alguns accionistas da petrolífera portuguesa e que chegou a ser avançada no início de Maio..

 

Felipe Gonzalez consultor da CaixaBank na OPA ao BPI

Depois de anunciar a sua saída do Conselho de Administração da Gás Natural Fenosa, em detrimento do presidente do Caixa Bank, Isidro Fainé, fontes próximas do CaixaBank garantem que ex-presidente do Governo espanhol , Felipe Gonzalez, poderá ser o novo consultor da CaixaBank na OPA  ao BPI. O CaixaBank continua a apostar tudo na OPA e não acredita na fusão entre o Millennium BCP e o BPI.

Programa de Investimento Junker estará operacional em Setembro

 

Cerca de 1,5 triliões de euros será o montante do plano de investimento Junker para os próximos três anos na Europa, que deverá ser aprovado pelo Conselho Europeu ainda em Maio. O sistema de acesso a fundos e financiamentos estará operacional a partir de Setembro.

Basicamente serão cerca de 325 biliões de euros de transferência do Orçamento da União Europeia e do Banco Europeu de Investimento para o Fundo de Investimento Europeu, que deverão financiar cerca de 20 a 50% dos projetos de investimento candidatos nas diversas áreas sociais e de apoio às pequenas e medias empresas, para além das infra-estruturas.

Os projetos deverão ser apresentados à Comissão Europeia diretamente a partir de Setembro próximo estando neste momento a ser discutida com o BEI a constituição de uma serviço de apoio no Luxemburgo para a elaboração das propostas.

O critério será o da sustentabilidade que deverá ser atestada por auditores externos a nomear pela Comissão Eeuropeia, mas independentes.

Em Portugal o processo é agilizado pela European Semester Officer – ESO, Catarina Dantas Machado.

Este fundo insere-se nos três pilares da nova abordagem da nova Comissão Europeia ao problema da crise europeia, tendo em vista o crescimento económico e o emprego. Os três pilares enunciados pela nova Comissão Junker são o equilíbrio orçamental, as reformas estruturais (tendentes a aumentar a concorrência no mercado interno e a competitividade externa) e o Investimento. É neste terceiro pilar que se inclui o Fundo de Investimento Europeu em implementação.

Tomás Correia forçado a sair até 30 de Junho

O Banco de Portugal deu um prazo até ao final de Junho para Tomás Correia abandonar a presidência do Montepio Geral, Numa situação negociada entre as partes, depois de conhecidos os resultados preliminares de duas auditorias externas efectuadas por iniciativa do banco central, o governador Carlos Costa aceitou que o ainda presidente possa manter-se na presidência da Associação Mutualista que controla a maioria do capital da Caixa Económica, mas recusou-se a aceitar a permanência no Conselho de Administração do banco.

A Caixa Económica Montepio Geral tema supervisão do Banco de Portugal, mas a associação Mutualista está sob a alçada do Instituto de Seguros de Portugal. O Banco de Portugal libertar-se-ia assim de Tomás Correia, num solução semelhante á encontrada para o Banco Finantia, em que os administradores foram forçados a abandonar a administração executiva, mas puderam manter-se no Conselho Superior

O banco de Portugal recusará também qualquer solução para a administração que lhe seja proposta por Tomás Correia, preferindo gestores independentes e que lhe garantam a correcção dos problemas detectados no Montepio. Essa foi a razão que levou Tomás Correia a recuar com a proposta do nome de Teixeira dos Santos para ocupar a presidência. Embora publicamente, Tomás Correia tenha anunciado que o nome do ex-ministro das Finanças não reuniu o consenso na associação mutualista, o Confidencial sabe que a hipótese Teixeira dos santos foi recusada pelo banco central, pela sua proximidade a Tomás Correia. No Banco de Portugal comentou-se que Teixeira dos Santos estaria para Tomás Correia, no Montepio, como Amílcar Moreia Pires para Ricardo Salgado, no antigo BES.

Certo é que Tomás Correia não estará na disposição de abrir mão do controlo do Montepio, sobretudo numa altura em que os resultados das duas auditorias são já do conhecimento do banco central e em que alguns dos problemas detectados poderão mesmo seguir para os tribunais. O ainda presidente está a jogar com os prazos, e esteve por detrás do adiamento da Assembleia-geral da associação mutualista, que estava agendada para 30 de Abril, mas que se realizará a 26 de Maio, a um mês e quatro dias do final do mandato do governador.

Correia apostaria assim que um novo governador pudesse baixar o grau de intransigência, permitindo-lhe manter o controlo das operações na Caixa Económica, através de alguém da sua confiança.

O resultado das auditorias ao Montepio esteve aliás para ser divulgado a seguir ao Verão do ano passado, mas o rebentar do caso BES levou as autoridades a adiar o problema, evitando minar a confiança no sistema bancário. A decisão de adiar o problema do Montepio foi tomada pelo governador Carlos Costa, mas foi comunicada e teve o beneplácito da ministra das Finanças. Daremos mais pormenores das auditorias na próxima semana.

Novo Banco executa Económico

A execução dos créditos do Diário Económico ao Novo Banco poderá estar para muito breve, provavelmente ainda antes do Verão. O banco assumirá o controlo temporário do diário económico e da ETV, enquanto não aparecer comprador. Fontes próximas do negócio garantem que há interessados.

A nova administração do Novo Banco, liderada por Eduardo Stock da Cunha, não estaria disposta a financiar mais o jornal, que está em ruptura de tesouraria. Os cortes de custos levaram inclusive à demissão do ex-director, António Costa. Nos bastidores, comenta-se que Pinto Balsemão, o poderoso patrão do Grupo Impresa, terá apadrinhado a solução, que implicará a saída do sector dos media da Ongoing, onde o homem-forte é o seu antigo afilhado e agora arqui-inimigo Nuno Vasconcelos.

Venda do Novo Banco atrasada

O processo de venda do Novo Banco estará atrasado em relação ao prazo pretendido pelo Governo. Passos Coelho e Maria Luísa Albuquerque gostariam que a vende se fechasse ainda com Carlos Costa nos comandos do Banco de Portugal, situação que lhes permitira atirar para o governador as culpas de qualquer eventual problema que entretanto surgisse.

A razões do atraso, garantem as nossas fontes, prendem-se coma necessidade de esclarecer Bruxelas sobre alguns pontos da operação, relacionados com a litigância e com as responsabilidade assumidas pelo Estado. Pormenores para a semana.

Banif fica para o 2º classificado do Novo Banco

O governo vai vender o Banif aos segundos classificados na corrida ao Novo Banco. Esta seria a forma do Ministério das Finanças contornar os chumbos sucessivos da Direcção de Concorrência da EU, ao plano de recuperação do banco, onde depois da nacionalização o estado detém a maioria qualificada do capital.

A difícil situação do banco tem afastado eventuais compradores e travado todas as soluções propostas pelo actual CEO, Jorge Tomé. Voltaremos ao tema.

Mira Amaral de saída do Banco BIC

Mira Amaral vai abandonar o Banco BIC, no final do ano, já depois de ter completado 70 anos.  Desalinhamentos com o principal accionista e presidente do banco, Fernando Teles, parecem ter forçado a saída. O favorito à sucessão de Mira Amaral como presidente da Comissão Executiva é o actual vice, Jaime Pereira.

O Banco BIC vai entretanto avançar com as suas operações no Brasil, tendo já conseguido a licença para operar como banco universal, a partir de São Paulo, onde deverá abrir 20 balcões. Em Março do ano passado, o Banco BIC comprou o BPN São Paulo, mas aguardava ainda autorização do banco central do Brasil para poder operar com a sua própria marca.

Fusão BCP/BPI está fechada

A fusão BCP/BPI está fechada, depois de negociações nos bastidores entre os accionistas angolanos dos dois bancos (Isabel dos Santos com 19% do BPI e Sonangol, com igual percentagem do Millennium BCP), com concordância dos CEO de ambos os bancos, Nuno Amado e Fernando Ulrich, respectivamente.

A necessidade de reforçar rácios de capital e reembolsar o Estado dos apoios concedidos, num curto espaço de tempo, terá acelerado a consolidação.