PQP quer 262 milhões de euros por Ritz e Villa Magna

Pedro Queirós Pereira colocou no mercado os hotéis Ritz Lisboa e Villa Magna Madrid, por 262 milhões de euros. O CONFIDENCIAL apurou que há interessados chineses e que estarão de acordo com o preço. Jorge Correia de Campos foi nomeado para intermediar a operação em Portugal, isto caso haja interessados nacionais nas duas unidades hoteleiras. O grupo Pestana estaria interessado apenas no Ritz, o que deixaria a unidade madrilena fora do negócio, mas Pedro Queirós Pereira prefere vender em bloco.

Álvaro Sobrinho quer “Económico”…

O empresário Álvaro Sobrinho terá feito uma proposta de 7 milhões de euros pela compra do “Económico”, juntando-se assim ao leque de interessados em controlar o maior diário económico português e o canal de cabo que lhe está associado. Fontes que estão a acompanhar o dossier garantiram ao CONFIDENCIAL que a proposta de Sobrinho é superior em cerca de 2 milhões de euros à que foi apresentada pela também angolana Isabel dos Santos. O Novo Banco, principal credor do “Económico”, já informou Nuno Vasconcelos, patrão da Ongoing, que a solução para o grupo terá de ser encontrada antes da privatização do banco. Se a Ongoing não avançar com a reestruturação, o Novo Banco ameaça com a execução dos seus créditos e com a tomada do controlo do “Económico”, tendo em vista a sua posterior alienação.

… e está comprador do Leixões

Depois de ser dado como accionista, financiador e candidato a presidente do Sporting, Álvaro Sobrinho quer também ser o accionista maioritário da SAD do Leixões. O negócio deve concretizar-se nos próximos dias, por uma verba a rondar os três milhões de euros, segundo fontes angolanas, estando ainda por decidir a forma de pagamento, que pode ser a pronto ou em duas tranches. Sobrinho entrará no Leixões através da Holdimo, uma das suas holdings pessoais, que terá já garantido também 29,85% da SAD do Sporting.

Rentipar desconfortável com negociação de venda da Açoreana

A notícia de que o Banif tem recebido propostas de interessados na compra da sua posição na seguradora Açoreana causa mal-estar na Rentipar, a holding da família Roque, que é a parceira do banco na companhia.

Como o CONFIDENCIAL noticiou na semana passada, a Açoreana não cumpre os rácios de Solvência II, que entrarão em vigor a 1 de Janeiro. A falta de capitais permanentes poderá apressar a venda da companhia, mesmo em termos financeiramente menos favoráveis, de forma a passar para os novos donos o problema da capitalização. A seguradora Liberty foi um dos grupos que já estudou o dossier, mas terá desistido da operação depois de analisar os maus números do balanço da companhia. A Caravelle (ex-Sagres), seguradora controlada pela corretora Sabeseg, é outro dos interessados, numa operação que, disseram ao CONFIDENCIAL, será financiada por capitais angolanos.

O Citibank foi, entretanto, mandatado para encontrar um comprador para a companhia, estando a ultimar o dossier, que será entregue a todos os interessados.

Cavaco defende bloco central estável

A formação de um Governo de Bloco Central, como consequência dos resultados das eleições legislativas do fim do Verão, é uma possibilidade encarada  e defendida pelo Presidente da República, Cavaco Silva, em defesa da estabilidade política.

Na Presidência da República é tido como praticamente impossível haver uma maioria absoluta, seja do PS, seja da coligação Portugal à Frente, que reúne PSD e CDS, os partidos no poder.

Neste provável cenário, há duas possibilidades de formação de um Governo que garanta estabilidade política, que tanto o Presidente da República tem defendido e até tentado promover: O PS poderá formar Governo aliando-se à Esquerda, nomeadamente ao Bloco de Esquerda e ao Livre que já manifestaram a sua disponibilidade para integrarem uma solução governativa, e, sendo necessário, garantindo acordos parlamentares com o PCP, indisponível para governar com o PS; Ou o partido que ganhar as eleições – PS ou PSD –, incapazes de formar Governo maioritário seja à Esquerda, seja à Direita, irão inevitavelmente cair numa solução de Bloco Central.

Esta solução é considerada em Belém como a mais sólida, garantindo expectavelmente um Governo estável, pelo menos, durante dois anos, período de tempo considerado essencial para Portugal conseguir cumprir os compromissos internacionais assumidos com a troika.

 

 

Partidos esperam Verão quente

Os partidos políticos, sobretudo PS e PSD, têm a expectativa de o próximo Verão ser politicamente muito animado e difícil. A possibilidade de, na sequência da “Operação Marquês”, haver mais figuras ligadas ao PS  envolvidas no processo de José Sócrates é comentada diariamente. Mário Lino e Paulo Campos são os nomes mais falados. Pelo lado, do PSD, admite-se a possibilidade de ex-destacados dirigentes, que integraram governos laranjas, poderem ser confrontados com processos resultantes de outras investigações que estão em curso.

 

 

 

 

Jorge Coelho na corrida à Câmara de Lisboa

Jorge Coelho, ex-ministro das Obras Públicas de António Guterres, é um dos nomes mais falados nos bastidores socialistas como futuro candidato do PS à Câmara Municipal de Lisboa.

Uma boa parte da cúpula rosa tem profundas dúvidas quanto à capacidade eleitoral de Fernando Medina, o actual presidente do município por sucessão de António Costa, que assumiu a candidatura a primeiro-ministro como a sua única aposta.

Medina é considerado competente e bem preparado técnica e até politicamente, mas não lhe é reconhecida capacidade para “descer ao povo”, para conquistar o eleitorado que garanta a vitória socialista.

Jorge Coelho, ao contrário, é considerado como um “popularucho” que entra muito bem no eleitorado decisivo para garantir uma vitória na capital, para além de ter uma reconhecida experiência e capacidade políticas.

A entrada de Jorge Coelho no programa da SIC Notícias “Quadratura do Círculo”, sucedendo a António Costa e contracenando com José Pacheco Pereira, do PSD, e António Lobo Xavier, do CDS, é vista como o ponto de partida para garantir a recuperação da notoriedade pública de Jorge Coelho.

 

Os pontos-chave do referendo no Reino Unido

A lei do Referendo à União Europeia (UE) no Reino Unido, introduzida na Câmara dos Comuns, em 28 de Maio de 2015, calendariza a realização de um referendo à permanência do Reino Unido na UE, até 31 de Dezembro de 2017. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, está a abrir negociações com outros Estados-membros para tentar obter um acordo de reforma da UE, que melhor se adapte aos interesses do Reino Unido. Ambos, as negociações e o resultado do referendo, representam grandes desafios para o Reino Unido e para a União Europeia.

Não será a primeira vez que um governo do Reino Unido é palco de um referendo para renegociação dos seus termos de adesão à UE. O primeiro referendo foi realizado em 5 de Junho de 1975, após quase um ano de renegociações, e o “Sim” venceu com 67,2% dos votos. Apesar das diferenças óbvias, a realização das negociações actuais deve ter em mente este precedente, e, em particular, considerar:

(1) Se o governo do Reino Unido pode, ou não, abandonar as negociações, em particular no que diz respeito a possíveis alterações do Tratado;

(2) Se o marketing político é fundamental para o resultado do referendo;

(3) Se as divisões internas do Governo britânico arriscam fazer descarrilar as negociações; e

(4) Qual o risco das negociações poderem dividir ainda mais os aliados do Reino Unido.