Soares dos Santos por detrás da Padaria Portuguesa?

Por detrás da impressionante expansão da rede Padaria Portuguesa estará o grupo Pingo Doce, ou algum membro da família Soares dos Santos, que controla o grupo de retalho alimentar, disseram ao CONFIDENCIAL. A confirmar-se, esta informação explicaria a facilidade na obtenção de financiamento da rede da Padaria Portuguesa.

Investigação a Paulo Campos em fase final

O socialista Paulo Campos, que foi secretário de Estado das Obras Públicas no Governo de José Sócrates, tem sido alvo de investigações judiciais que estão perto do fim. No “bas-fond” dos partidos, nomeadamente do PS, circulam informações persistentes que indicam que Paulo Campos poderá ser outro ex-governante rosa a ter complicações com a justiça. Neste caso, devido às Parcerias Público-Privadas (PPP).

Morais Sarmento apoia Rui Rio

Nuno Morais Sarmento, ex-ministro da Presidência do Conselho de Ministros de Durão Barroso e de Santana Lopes, é apontado como um dos mais destacados ex-dirigentes do PSD apoiantes da candidatura de Rui Rio à Presidência da República, em detrimento de Marcelo Rebelo de Sousa, depois de Francisco Pinto Balsemão anunciar publicamente o seu apoio ao ex-presidente da Câmara do Porto.

Rui Freire a caminho da Cuca?

A saída inesperada de administrador da Unicer relançou os rumores de que Rui Freire teria recebido uma proposta irrecusável do grupo Castel Angola, para o lançamento em força da cerveja angolana Cuca no mercado nacional. O grupo Castel é um dos maiores produtores mundiais de cerveja e refrigerantes e o segundo maior de África. Tem uma participação dominante na Companhia da União de Cervejas de Angola, em parceria com accionistas locais, dona de marcas como a cerveja Cuca.

A cerveja Cuca começou a ser exportada para Portugal em 2014. Já este ano, o administrador-delegado da Castel Angola, Philippe Frederic, anunciou planos para a produção em Portugal, investindo se necessário na aquisição de uma fábrica, de forma a baixar os elevados custos associados à importação.

Em Angola, a Copagef, uma subholding do grupo Castel, comprou no ano passado 49,9% do capital da Sumol/Compal Marcas, que distribui as marcas de refrigerantes do grupo português, por 88,2 milhões de euros. O negócio criou em Angola uma plataforma para a expansão das marcas da Sumol/Compal em diversos mercados africanos onde ainda não estão presetes, alavancada na rede da Castel.

Em Portugal, a Sumol/Compal distribui a cerveja catalã Estrela Damm e portuguesa Tagus, que vendeu em 2012 ao grupo Damm, um dos grandes grupos cervejeiros espanhóis, sedeado em Barcelona.

A Damm também comprou, em 2009, a fábrica da antiga Cerveja Cintra, junto a Santarém, onde além das cervejas Estrela e Tagus, produz marcas para a grande distribuição, fornecendo a Mercadona espanhola, o Continente, a Auchas/Jumbo e a Dia/Minipreço.

Os espanhóis pretendem duplicar a capacidade da unidade, para melhorar a rentabilidade, num investimento em que uma parceria com a Castel Angola poderia fazer sentido.

Governo quis suspender jogo online até atribuição das licenças

O governo está a pedir às empresas de apostas e jogo online que desactivem os seus sites, até serem conhecidos os resultados das concessões de licenças. A proposta é considerada absurda, uma vez que o processo poderá demorar ainda seis meses, forçando a interrupção dos serviços durante quase meio ano, com um impacto directo no negócio e na perda de clientes. O CONFIDENCIAL sabe que as empresas que já estão activas no negócio não vão responder ao pedido do governo.

A Estoril-Sol e Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vão entretanto avançar para a aquisição de licenças de jogo online, apesar de não ser ainda conhecido o valor que será pago pela licença, válida por três anos e automaticamente renovável. O modelo de negócio ainda estará a ser estudado pela Estoril-Sol, que representa cerca de 63% das receitas dos casinos portugueses. A Solverde e o Grupo Pestana poderão ficar de fora, não estando neste momento a equacionar a aquisição da licença.

O jogo online passou a ser uma atividade legal em Portugal com a entrada em vigor do Decreto-Lei nº 66/2015, a 28 de Junho e veio fixar taxas de impostos de 8% e 16% para as apostas desportivas e de 15% e 30% para os jogos de fortuna e azar, que deverão render cerca de 60 milhões de euros para os cofres do Estado.

De acordo com os dados da Associação Europeia do Jogo e Apostas, o jogo online representa já mais de 13% das receitas totais do sector, o que correspondeu a um valor anual de 9 mil milhões de euros, em 2013.

Novo Banco sem candidatos

A venda do Novo Banco, agora na recta final, poderá ser afectada pelo crash na Bolsa de Xangai. O impacto da desvalorização de 39% do índice chinês atingiu fortemente a estrutura financeira da Fosun e da Anbang, que lideram as propostas chinesas à compra do Novo Banco e fala-se na probabilidade de recuo nas ofertas. Perante este cenário, correu o rumor no mercado de que o Fundo Apollo poderia beneficiar deste golpe nas empresas chinesas. Porém, o CONFIDENCIAL sabe que também o fundo norte-americano está exposto a este crash a Oriente e poderá, inclusivamente, colocar em causa a sua capacidade de investimento.

A perda de valor das cotações na Bolsa de Xangai já ultrapassou o PIB inglês e, ao contagiar a Bolsa de Hong Kong, poderá implicar um novo foco de crise a nível mundial, dada a escala do investimento chinês em todos os países, tanto ao nível do investimento em dívida soberana como em empresas privadas.

 

Pharol prepara megaprocesso contra Zeinal Bava, Granadeiro e Deloitte

A Pharol, ex-Portugal Telecom SGPS, vai avançar com um megaprocesso contra Zeinal Bava, Henrique Granadeiro e a Deloitte, respectivamente CEO, chairman e empresa auditora da PT, acusando-os de má gestão da empresa. Em causa está o financiamento de 897 milhões de euros, concedido pela PT à Rio Forte, a holding do Grupo Espírito Santo, que viria meses mais tarde a entrar em colapso financeiro.

A estratégia da administração, liderada por Luís Palha da Silva, assenta em três frentes simultâneas: reclamação da dívida junto do tribunal do Luxemburgo, onde está a ser tratado o processo de insolvência da Rio Forte, reclamação junto das instâncias portuguesas e um processo contra a Deloitte e toda a antiga administração da PT.

Os bancos credores da holding Rio Forte querem provar que a PT era parte relacionada do GES, logo credora subordinada e sem primazia na reclamação de créditos. A Pharol, por seu lado, defende que o GES não é parte relacionada à luz da legislação internacional.

Banco de Desenvolvimento da CPLP avança em 2016

A CPLP está a criar as condições para lançar a União de Bancos, Seguradoras e Instituições Financeiras da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A estratégia de fundo passa pela criação da União de Bancos, para depois ser possível avançar com uma estrutura operacional, que se corporizará no Banco de Desenvolvimento da CPLP. Ao que o CONFIDENCIAL apurou, o nome em cima da mesa para liderar ambos os projectos é o de Francisco Almeida Leite, ex-secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e actual administrador da SOFID.

Sonangol e Santoro trocam participações na Galp e Millennium bcp

As menos-valias da Sonangol com o Millennium bcp atingem os 3,8 mil milhões de euros, obrigando à procura de uma alternativa para retirar esse prejuízo das contas da petrolífera estatal angolana. A Sonangol está com graves problemas de tesouraria, devido à baixa das cotações do crude e aos pesados investimentos no offshore, que vão obrigar a desinvestimentods em áreas não core.

A Santoro Holding, o veículo através do qual a empresária angolana Isabel dos Santos controla 20% do BPI, poderá adquirir a posição da Sonangol no Millennium e já fez saber que tudo fará para que a fusão entre os dois bancos portugueses aconteça em breve. Segundo o que o CONFIDENCIAL apurou, é Carlos Silva, presidente do Banco Atlântico e membro do Conselho de Administração do Millennium, que está a conduzir o processo de fusão e a substituição da Sonangol pela Santoro, no capital do Millennium bcp.

Em contrapartida, Isabel dos Santos poderá cederá à Sonangol parte da sua posição na Galp Energia, reforçando a participação da petrolífera angolana na sua congénere portuguesa. Isabel dos Santos detém 45% do capital da holding Amorim Energia que, por sua vez, tem 38,4% da Galp Energia. A preços de mercado, o valor da posição accionista de Isabel dos Santos na Galp é 4 a 5 vezes superior ao da participação da Sonangol no BPI.

A compra da posição da Sonangol garantirá a Isabel dos Santos a posição de maior accionista do superbanco resultante da fusão do BPI com o Millennium bcp, com uma participação superior a 20% do capital.

Altice retira 5 milhões à SIC

A Impresa é o grupo de media que tem maior envolvimento com a Portugal Telecom e será, por isso, o mais afectado pelo programa de corte de custos com fornecimentos externos, que a nova administração da PT tem em curso. Ao que o CONFIDENCIAL apurou, a PT irá propor à SIC um corte de 5 milhões, de 30 para 25 milhões de euros anuais.

Embora a SIC disponibilize mais canais na grelha Meo, o share somado dos canais da TVI continua a ser superior, o que não justifica o prémio de 6 milhões de euros do contrato elaborado com a SIC, face ao da sua concorrente de Queluz.

Na primeira semana de Julho, TVI e SIC tinham um share de audiência de 21,6% e 18,1%, respectivamente. A TVI 24 conquistou a liderança dos canais pagos, registando um novo recorde de audiência, com uma média diária de 42,3 mil telespectadores, enquanto a SIC Notícias é a quarta da tabela, com 36,1 mil espectadores. Todos os restantes canais de cabo da SIC e TVI registam audiências marginais.

Na mesa das negociações entre a Impresa e a Portugal Telecom estará ainda a presença dos títulos do grupo de Pinto Balsemão no portal Sapo, que a Altice pretende para já manter na órbita da PT.

A aposta de Francisco Balsemão será agora nos meios digitais. Em Fevereiro, a Impresa contratou João Paulo Luz, director comercial do Sapo e um dos responsáveis pelo sucesso do portal. A contratação agitou o sector dos media e alavancou os rumores de que a Impresa estaria a preparar-se para comprar o Sapo.

Para já, no entanto, a estratégia de crescimento digital da Impresa é orgânica. O objectivo é, num prazo a três anos, compensar com o aumento das receitas digitais a quebra das vendas e da publicidade nos títulos em papel, em particular na revista “Visão” e no semanário “Expresso”, quem em cinco anos perdeu metade dos seus leitores.

As receitas digitais da Impresa têm crescido cerca de 20% ao ano, apesar do fracasso do “Expresso Diário”, que, com 18 mil assinantes, não conseguiu converter, apesar de gratuito, senão 1/5 dos leitores do jornal. A reanimação do “Expresso Diário”, seguindo um modelo decalcado do rival “Observador”, e o lançamento de uma plataforma de classificados, são os dois principais objectivos do grupo a curto prazo, para a área digital.

A SIC tem neste momento um valor de mercado que ascende aos 450 milhões de euros, enquanto a “Visão”, o “Expresso” e as outas revistas totalizam cerca de 60 milhões de euros. Nesta contabilidade há que registar o valor da dívida total líquida do grupo, que ascende neste momento aos 200 milhões de euros.