O presidente do CDS está a preparar o exercício de um cargo internacional, caso o Partido Socialista ganhe as eleições de Outubro.
Paulo Portas nunca escondeu o gosto pelo exercício de cargos fora de Portugal, sobretudo num cenário eventual de o seu partido voltar a sentar-se nas bancadas parlamentares da oposição. E o facto de ser, hoje, ministro dos Negócios Estrangeiros, tem-lhe proporcionado dar-se a conhecer às cúpulas dos Estados e das organizações internacionais.
O presidente do CDS tem especial apetência por cargos de relevo, quer nos órgãos da União Europeia, quer na NATO, para além das Nações Unidas. E Paulo Portas sabe que pode contar com o apoio de Washington, caso a sua preferência vá para o exercício de um cargo numa destas organizações internacionais.
Paulo Portas, sem abandonar a vida política, pretende fazer “a travessia do deserto”, depois de quatro anos de governo, longe das luzes da ribalta nacional, mas mantendo em aberto todas as possibilidades de capitalizar e criar espaço para poder voltar à cena política portuguesa.