Depois dos acordos com França, na semana passada, o presidente angolano José Eduardo dos Santos esteve, já esta semana, em Roma, para fechar um memorando para o reforço da cooperação com Itália. Angola é hoje o terceiro parceiro comercial subsariano da Itália.
Na edição deste ano da Feira Internacional de Luanda, Itália terá a segunda maior participação empresarial, depois de Portugal, contando com um total de 63 companhias, desde a agricultura e indústria, à maquinaria industrial e engenharia, passando pelas áreas do tratamento de lixos e águas e energia. A delegação italiana vai também promover Itália, no dia 21, data da abertura do evento, um fórum de debates e de negócios onde serão assinados acordos entre os ministros da Agricultura de Angola e de Itália.
Em Angola, a Empresa Petrolífera Italiana ENI tem em curso investimentos estimados em 4,5 mil milhões de dólares, para o desenvolvimento do bloco 15-06 que, até ao fim deste ano, vai produzir 100 mil barris por dia. Nos próximos três ou quatro anos, o bloco deverá produzir 200 mil barris de petróleo por dia.
A ENI está também interessada na exploração de gás, tendo proposto ao governo angolano a produção do mesmo, não só para a exportação, como também para a indústria local.
Na área das indústrias de Defesa e de Segurança, a Finmeccanica vai entregar a Angola seis helicópteros AgustaWestland, para uso civil e militar. A multinacional italiana está a avaliar a possibilidade de renovação de frotas de aeronaves angolanas, no sector da Defesa, mas também nos sectores do petróleo e gás.