José Maria Ricciardi foi uma das peças fundamentais para a queda de Ricardo Salgado e, com isso, julgou que o acordo com Passos Coelho e Carlos Costa fosse suficiente para salvar o seu nome enquanto banqueiro. Todavia, Ricciardi fazia parte do conselho superior da família, do conselho de administração do BES e por isso o Banco de Portugal irá, no âmbito do controlo de idoneidade, deixar cair o nome de Ricciardi.
Tal como afirma o Banco de Portugal: “O controlo de idoneidade dos membros dos órgãos de administração e fiscalização das entidades supervisionadas faz parte das atribuições de supervisão prudencial do Banco de Portugal. Em conjunto com a verificação dos requisitos de disponibilidade e experiência profissional, o controlo de idoneidade tem uma função preventiva, com o objectivo de diminuir o risco de exercício de cargos relevantes por pessoas que não dêem garantias suficientes de gestão sã e prudente nas entidades supervisionadas e, por essa via, garantir a segurança dos fundos confiados a essas entidades.
O controlo de idoneidade feito pelo Banco de Portugal não desresponsabiliza as instituições supervisionadas e os respectivos accionistas, que têm a obrigação primeira de aplicar critérios de idoneidade, tanto na escolha das pessoas que irão integrar os seus órgãos, como ao longo do respectivo mandato. Cabe também às instituições responder, nos termos da lei, pelos actos de tais pessoas.”