O presidente do Sporting, Bruno Carvalho, quer que o plano de reestruturação do Sporting passe por um novo aumento de capital, de 18 milhões de euros, que caso haja interessados pode ser por subscrição particular junto de investidores de referência próximos do presidente do Sporting, que segundo apurou o CONFIDENCIAL, será tomado pelo BESI presidido por José Maria Ricciardi.
Neste momento, o capital da SAD é controlado pelo Sporting Clube de Portugal e pela Sporting SGPS, ainda que os accionistas da SGPS não estejam identificados. É neste ponto que surge o BESI, com a intenção de subscrever o aumento de capital da empresa, tendo como garantia o pacote de direitos de imagem.
A engenharia financeira defendida pelo presidente do clube de Alvalade, passa ainda pela conversão de dívida em VMOC (valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis), num total que poderá ascender aos 55 milhões de euros. O Millennium e o Novo Banco são os principais credores do Sporting e já demostraram a sua disponibilidade para subscrever esta nova emissão, desde que isso não resulte na redução do grau de cobertura das garantias constituídas a favor dos dois bancos, que passa pela hipoteca sobre o direito de superfície nulo do Estádio de Alvalade.
Os títulos de dívida serão reembolsados através da emissão de novas ações da SAD ao preço de 1 euro por ação. Os responsáveis leoninos chegam mesmo a reconhecer que poderá haver grandes mudanças na estrutura accionista da SAD sportinguista. Este efeito dilutivo poderá atingir cerca de 45% na participação social dos actuais accionistas.
Segundo responsáveis do Sporting, a reestruturação do passivo do clube passou por um entendimento com o Millennium bcp e o Novo Banco, que ascende ao total de 80 milhões de euros em VMOC com um prazo de 12 anos. De referir que a SAD leonina tem capitais próprios negativos superiores a 100 milhões de euros. Mais, os prejuízos acumulados são superiores ao capital social da empresa que está nos 67 milhões de euros.