BPI reduz no BFA Angola

O BPI está a negociar a venda de parte da sua posição no BFA Angola à sua accionista e parceira local, a empresária Isabel dos Santos, como forma de reduzir a sua exposição a Angola. O banco liderado por Fernando Ulrich foi directamente afectado pela nova disposição da Comissão Europeia, criada no âmbito do mecanismo único de supervisão bancária, que deixou reconhecer Angola como país com um padrão de supervisão equivalente ao europeu.

Em consequência, o BCE passou a exigir que as instituições que supervisiona, como é o caso do BPI, contabilizem a 10o% o impacto da sua exposição a grandes riscos de unidades a operar nos mercados classificados com fiscalizações distintas da europeia. Até agora, a exposição era contabilizada entre 0 e 20%.

Na avaliação do BPI, para efeitos da nova ponderação de riscos (que afectam directamente os rácios de capital), os activos atribuíveis ao Estado angolano subiram para 3616 milhões de euros e os associados ao Banco Nacional de Angola (BNA) , por efeito de dívida pública angolana, passaram a ser de 1297 milhões de euros.