O governo quer relançar o plano de ligação ferroviária dos portos portugueses de Sines, Lisboa, Setúbal, Aveiro e Leixões, à fronteira espanhola, um dossier que estava na gaveta desde a chegada da troika, por falta de financiamento. Lisboa tem tido contactos ao mais alto nível com os governos espanhol e francês para uma candidatura conjunta do chamado Corredor Atlântico aos financiamentos da União Europeia, previstos no Plano Juncker no âmbito do mecanismo “Interligar a Europa”.
Até ao final do mês, Portugal e Espanha vão trabalhar na actualização do projecto, que envolve e Refer, pelo lado português, e as suas homólogas espanholas Adif e francesa RFF. O anúncio formal do relançamento do Corredor Atlântico deverá ocorrer à margem da próxima cimeira luso-espanhola, agendada para Junho
O Corredor Atlântico, originalmente denominado como Corredor de Mercadorias n.º 4, é constituído pelos troços ferroviários, já existentes os a construir, que ligarão, através de Vilar Formoso e Elvas, os portos de Sines, Setúbal, Lisboa, Aveiro e Leixões, e os portos espanhóis de Algeciras e Bilbao, a Irún, na fonteira luso-francesa, via Madrid e Valladolid. Atravessados os Pirinéus, o corredor continuará por Bordéus, Paris, Le Havre e Metz, estando prevista a sua posterior extensão para leste, em direcção à Alemanha,