O veículo (BPN Mau) para resolver a conflitualidade do BPN transferiu para um fundo de investimento imobiliário o património do antigo banco, para assim, isolar o risco de conflitualidade, entregando a gestão a uma sociedade gestora de património, que vive de comissões. A Parups, criada como veículo para os activos imobiliários do BPN, entregou os fundos à sociedade gestora Imofundos SGFI.
No primeiro trimestre de 2015, com a liquidação do fundo Imoglobal, a Parups encaixou 26,5 milhões de euros.
O principal problema da Parups, é o seu elevado passivo, quer o que esteve na origem da aquisição de ativos, quer o que resultou da transformação de financiamentos da CGD em financiamentos do Estado, não só para conseguir custos financeiros mais reduzidos, mas principalmente pela falta de capacidade da sociedade em gerar receitas que lhe permitam fazer face ao serviço de dívida, tendo em conta a sua actividade, que única e exclusivamente consiste na alienação de activos, sendo que 95,2% não se encontram na sua própria gestão.
Os quadros de Miró não valem sequer 0,5% do total dos activos entregues à Parvalorem. A Parups esperava encaixar 8,4 milhões de euros com a venda dos 13 quadros do pintor catalão. As 85 obras de Joan Miró valem cerca de 46 milhões de euros, dos quais 13 pertencem à Parups, cujo valor ascende a 8,2 milhões de euros, sendo os restantes 72, propriedade da Parvalorem. Existem ainda, 175 obras de arte cujo valor ascende a 2,6 milhões de euros.
A Parups tinha ainda 3,2 milhões de moedas comemorativas do Euro2004, com um valor facial de 8 euros, que perfazem um valor total de 15,7 milhões de euros.
Ainda de referir que o valor líquido de balanço de final de ano da carteira de ativos financeiros é de 541 milhões de euros e é composto por 95,2% de fundos imobiliários, sendo na sua quase totalidade geridos pela Imofundos. Os restantes 4,8%, ou seja, 25,8 milhões de euros, distribuem-se por Fundos de Investimento Imobiliário, Obrigações e participações de capital