O Fundo Apollo terá praticamente garantida a compra do Novo Banco, num negócio que servirá de contrapartida da recusa da sua proposta ao Banif. O fundo de Gustav o Guimarães tinha a melhor proposta para o Banif e a preferência dada ao Santander, por imposição de Bruxelas e do BCE e sem justificação, incomodaram a diplomacia americana. A justificação de que a Apollo não teria uma licença bancária para operar na zona euro e a oposição levantada por se tratar de um fundo, não colheram, depois de o governo, com o aval da troika, ter vendidos algumas empresas estatais estratégicas a fundos chineses (incluindo o BESI à Haitong) e de ter aceite negociar a venda do Novo Banco com a Fosun. A Apollo chegou a ameaçar Lisboa com a sua saída do mercado português, acompanhando as queixas de grandes investidores estrangeiros e retirando definitivamente o país do radar do investimento americano.
A decisão de transferir para o Banco Mau as obrigações do antigo BES/GES detidas por investidores instituições, com grandes perdas para os fundos americanos, agudizaram ainda mais as já tensas relações entre Lisboa e Washington-
O lobby dos EUA em Lisboa foi, entretanto, reforçado com a contratação do ex-Secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, pelo escritório da antiga Secretária de Estado, Madeleine Albright. O ainda líder do CDS-PP e ex-vice-primeiro-ministro Paulo Portas também está no pipeline do recrutamento americano.