A diplomacia norte-americana ficou furiosa com a venda do Banif aos espanhóis do Santander, sobretudo depois de se ter confirmado que a proposta do Fundo Apollo era muito superior, como o CONFIDENCIAL anunciou em 15 de Dezembro. O veto do Banco de Portugal a que a instituição passasse para o controlo directo de um fundo de private equity, por imposição do Banco Central Europeu, foi um argumento que não vingou, sobretudo depois da transferência de algumas empresas de interesse estratégico nacional, como a EDP ou a REN, para mãos de grupos de investimento chineses.
A Apollo, que adquiriu o grupo segurador Tranquilidade (ex-BES/Novo Banco), precisa de uma rede para garantir as sinergias e as vantagens de um negócio alicerçado na distribuição de produtos de seguros aos balcões bancários. E depois de ter sido vetado na primeira tentativa de venda do Novo Banco e de ter sido preterido, por motivos ainda não revelados, na corrida ao Banif, a hipótese de venda da Tranquilidade volta a estar sobre a mesa.