A solução que permitirá a continuidade do diário económico OJE foi encontrada, com a saída da MNF Capital e dos accionistas angolanos, e a entrada de um novo financiador, Luís Figueiredo Trindade, com interesse no imobiliário e no turismo. Dos accionistas do jornal mantém-se apenas Pedro Morais Leitão, que permanece no entanto minoritário, embora tenha reforçado a sua posição inicial.
A entrada de Luís Trindade segue-se à experiência falhada de exploração do jornal por António Cunha Vaz, dono da agência de comunicação CVA, que não conseguiu os resultados comerciais inicialmente previstos. O futuro do jornal passa por uma aposta no online e pela transformação do OJE num semanário de economia e negócios, publicado à sexta-feira e vendido em banca pelo preço de 1 euro, abandonando portanto o modelo de distribuição gratuita nas empresas.
Na MNF, o fundo que financiou o arranque do projecto, há também novidades. Uma zanga de accionistas levou à separação de águas. O denominado grupo de São Martinho, onde imperam João Lino de Castro, o seu cunhado Guilherme Borba e Paulo Correia de Oliveira, entre outros, ficaram com a gestora de fundos MNF Gestão de Activos. A MNF Capital, onde Luís de Freitas e António Macedo mantém o controlo das operações, ficou com fábrica de equipamentos de frio Mercatus e com a posição, agora vendida, no jornal OJE.