BCE aposta em fusões em Portugal até 2017

O cenário de concentração da banca comercial portuguesa, com a saída de alguns players estrangeiros e a fusão de grupos nacionais, é um dos assuntos que está neste momento a ser monitorizado em permanência pelo Banco Central Europeu, a partir de Frankfurt.

O supervisor europeu está preocupado com a sustentabilidade dos grandes grupos portugueses e com a subsistência de bancos em situação de falência técnica, como são os casos do Banif e do Novo Banco. Apesar de ter a passagem nos testes de stress garantida, depois da desalavancagem dos seus negócios, da redução da sua exposição a Angola e da venda das suas operações na Polónia, o BCP é uma das principais preocupações em Frankfurt. Sem resultados extraordinários não recorrentes, e em particular sem 304 milhões de euros de encaixe com a venda de 16% do Bank Millennium na Polónia, o banco estaria a acumular prejuízos superiores a 200 milhões. E o mesmo se passa com o BPI, que perderá 70% dos seus resultados com a venda do BFA.

Neste contexto, Frankfurt tem como certa que a fusão entre bancos será inevitável, num horizonte de 18 a 24 meses.