Os requisitos de capitais adicionais que o Banco Central Europeu (BCE), através do Mecanismo de Controlo Individual, exigirá a cada uma das instituições financeiras directamente supervisionadas, serão comunicados no Outono a cada entidade, mas não serão tornados públicos.
A medida pode ser interpretada como uma limitação sobre a transparência, mas considera-se que o oposto pode representar problemas maiores para os bancos individualmente.
As exigências de capital para os bancos da Zona Euro não só não vão abrandar, num futuro próximo, como irão aumentar significativamente a curto prazo. Depois do Verão é esperado que o BCE, seguindo as recomendações do Mecanismo Único de Supervisão (MUS), comunique às entidades presentes na Zona Euro, que almofada de capital adicional deverão ter, no âmbito do pilar de Basileia II. Os níveis de capital próprio para cada banco dependerão do seu tipo de negócio e perfil de risco, entre outras variáveis.
As autoridades de supervisão têm tornado claro que, nas condições actuais, todas as instituições financeiras devem ter um nível mínimo de capital próprio de 8%, percentual que pode subir.
O BCE poderá impor critérios restritivos à distribuição de dividendos aos accionistas ou proibir certas operações, se considerar que alguns bancos estão ainda longe do capital mínimo razoável.