A aprovação de legislação para limitar à expansão da área de plantio de floresta de eucalipto em Portugal, uma das contrapartidas negociadas por António Costa com o Bloco de Esquerda, PEV e PAN em troca do apoio parlamentar ao seu governo, poderá inviabilizar a construção de uma segunda fábrica de papel no país, por parte do grupo Navigator (Portucel-Soporcel) um mega-investimento na ordem dos 600 milhões de euros, no que será um dos maiores projectos de raiz industrial do país.
Pedro Queirós Pereira, principal acionista e presidente da Navigator, tem a decisão de avançar com a segunda fábrica tomada e já reuniu com o primeiro-ministro no sentido de o sensibilizar para a importância do projecto para a economia, quer pelo montante do investimento e pelo número de postos de trabalho criados, quer pelo contributo para o PIB e para as exportações líquidas.
António Costa terá pedido a Queirós Pereira a maior celeridade possível, uma vez que a partir do verão passará a ter de implementar as contrapartidas negociadas com o Bloco, PEV e PAN. Caso a limitação à expansão da área de eucalipto avance antes da aprovação do projecto, o plano B de Queirós Pereira passará pela sua implementação em Espanha ou Marrocos.