A deterioração das relações diplomáticas entre Lisboa e Luanda está a colocar grande nervosismo nas empresas portuguesas com capitais angolanos, que temem retaliações. Na NOS, depois de o CEO Miguel Almeida ter pacificado a empresa, com a assinatura do contrato dos direitos de teletransmissão televisivos dos jogos do Benfica, a possibilidade de um comportamento hostil por parte da accionista angolana Isabel dos Santos voltou a colocar na mesa o cenário de uma guerra entre accionistas e de uma substituição do actual CEO por um alguém com um perfil mais ajustados aos interesses da empresária angolana.
Esta semana, e depois de ter sido conhecido que o governo está a preparar uma Lei que acaba com os limites aos direitos de voto na banca, afectando directamente os interesses de Isabel dos Santos no BPI e da petrolífera estatal de Angola Sonangol no Millennium bcp, foram levantadas dúvidas sobre a legalidade nos procedimentos de comora, por Isabel da Santos, da maioria do capital da Efacec, agravando ainda mais a tensão entre Lisboa e Luanda.