O Banco Central Europeu vetará qualquer tentativa de tonada de controlo de um banco da zona euro por capitais angolanos, garantiram fontes do Banco de Portugal ao CONFIDENCIAL, A ideia é travar a todo o custo o branqueamento de capitais oriundos de países com elevados níveis de corrupção de Estado, que estão sob vigilância atenta da Comissão Europeia, como é o caso de Angola. Por outro lado, Bruxelas apoiará entusiasticamente qualquer solução que passe pela consolidação do sistema bancário da Eurozona e, em particular, pela integração de bancos de países pequenos, nos mega-grupos europeus, reduzindo assim o número de players no sistema e, por outro lado, reforçando a dimensão dos maiores grupos bancários
A posição de Bruxelas poderá estar por detrás da imposição da venda do Banif aos espanhóis do Santander, em detrimento da proposta financeiramente mais vantajosa do fundo americano Apollo, e da nova legislação que levantará os limites aos direitos de voto nos bancos, abrindo as portas a Oferta Pública de Aquisição de grupos europeus pelos grandes bancos privados portugueses, e em concreto dos espanhóis do La Caixa, que já controlam 44% do capital do BPI, sobre o banco liderado por Fernando Ulrich, em detrimento dos interesses da acionista angolana Isabel dos Santos.