Dentro do sistema de rotatividade da liderança da CPLP e depois de Timor-Leste declinar a indicação de Xanana Gusmão para o lugar – na sequência do veto do Brasil e de Angola –, deverá ser Portugal a indicar o secretário executivo da CPLP. Porém, o actual secretário executivo da CPLP, Murade Murargy, no sentido de se apresentar como solução de continuidade, o que é proibido pelo tratado, está a intrigar junto dos países africanos da CPLP, afirmando a doutrina de que o país sede de uma organização internacional nunca pode presidir à organização. Nesse sentido, defende o actual secretário executivo da CPLP, Murade Murargy, deverá ser S. Tomé e Príncipe a indicar o próximo secretário executivo da CPLP.
Esta doutrina obviamente é recusada por Portugal, mas Murade Murargy parece não ter tido sucesso nas diligências que fez e nem mesmo S. Tomé e Príncipe estará interessado em prejudicar Portugal. O nome que neste momento se fala para a CPLP é o Mendonça e Moura, actualmente embaixador português na ONU ou, caso a alternativa seja mais política, poderá concorrer o nome do presidente da UCCLA, Vítor Ramalho, ou o de um ex-primeiro-ministro de Portugal.