Moçambique e China assinaram esta semana, em Maputo, um acordo de isenção de vistos a cidadãos de ambos os países que sejam titulares de passaportes diplomáticos e de serviço.
Este é mais um passo na estratégia de aproximação da Pequim a Maputo, que depois de ter transformado a China no maior parceiro e investidor estrangeiro de Angola, quer agora replicar o modelo em Moçambique.
A China pretende transformar-se no maior parceiro comercial da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), e em troca está disposta a dar maior protagonismo aos países da região no Conselho de Segurança das Nações Unidas, onde Angola tem assento como membro não permanente, apoiando as propostas de reformas nesse sentido.
A estratégia da China para a área da SADC passa pela operacionalização de programas de cooperação e financiamento chinês a cinco sectores de economia: indústria, agricultura, infraestruturas, Finanças e comércio. Estes programas económicos serão complementados por programas sociais de apoio à redução da pobreza, promoção do bem-estar e da saúda pública. Uma terceira componente do apoio chinês abarcará a cooperação militar e de segurança. No total, Pequim investirá um total de 60 mil milhões de dólares nestas acções, ao longo dos próximos três anos.