O governo angolano vai reorganizar o sector do petróleo e do gás, no âmbito de um plano que passará também por uma profunda reestruturação da estatal angolana Sonangol. O plano está a ser preparado por uma comissão, nomeada na semana passada, que responderá directamente ao presidente José Eduardo dos Santos e que integra os ministros de Estado e Chefe da Casa Civil, do Planeamento e do Desenvolvimento Territorial, das Finanças, da Economia, dos Petróleos, o governador do Banco Nacional de Angola, o presidente da Sonangol e o secretário do Presidente da República para os Assuntos Económicos.
Os detalhes do plano ainda não são conhecidos, mas o CONFIDENCIAL sabe que na mesa está a refocalização da Sonangol no sector da energia, com o abandono progressivo das suas posições noutros sectores a e transferência da algumas participações para o Fundo Soberano de Angola, gerido por um dos filhos do próprio presidente angolano.
A estratégia é transformar a Sonangol numa companhia mais operacional e eficiente, preparando-a para os desafios dos novos campos e em particular os do pré-sal, e afastando-a do modelo de gestora de participações, quase uma espécie de Fundo Soberano, que tem vigorado até agora. O que poderá ter implicações directas na posição que a Sonangol tem em algumas empresas e bancos, como o português Millennium bcp.