O pré-acordo para a venda da posição de 37% que a Mota-Engil tem na Lusoponte, a concessionária das duas travessias do Tejo em Lisboa, aos franceses da Vinci, está fechad. O negócio deverá ser anunciado nos próximos dias, garantiram ao CONFIDENCIAL
Depois da operação, o grupo francês, que também ganhou a concessão dos aeroportos portugueses, no decurso da privatização da ANA, ficará com uma posição de 73% do capital da Lusoponte, passando a deter o controlo maioritário da empresa.
Depois de vender por 335 milhões de euros as suas operações portuárias ao grupo turco Yildrim, como o CONFIDENCIAL referiu em primeiríssima mão, o grupo Mota-Engil está agora a preparara venda de outros activos não-core, como a concessionária de auto-estradas Ascendi, onde tem o Novo Banco como sócio.
O objectivo de Gonçalo Sousa Martins, CEO da Mota-Engil, é reduzir o gigantesco passivo do grupo que, só ao Novo Banco, estará acima dos 800 milhões. Em África, depois de perder um contrato de 3,1 mil milhões nos Camarões, a afiliada Mota-Engil África ficou dependente dos negócios em Angola e Moçambique, onde os atrasos de pagamento e as dificuldades de reembolsos de capitais são problemas.