A proposta de Fernando Ulrich para a criação de uma subholding que reúna as participações do BPI em bancos africanos vai ser chumbada por Isabel dos Santos, a segunda maior accionista do banco, que insiste em tomar a maioria do Banco de Fomento Angola BFA. A empresária angolana continua a insistir na compra de 10% do capital do BFA, o que lhe daria uma posição maioritária de 60% no capital.
A criação da holding, para onde o BPI transferiria as suas posições de 50% no BFA, de 30% do BCI e de 100% do BPI Moçambique, conta com o apoio dos espanhóis do Caixa Bank, principais accionistas do banco português, e seria uma forma de contornar a exposição excessiva ao mercado angolano, que poderá fazer com que o BPI chumbe nos próximos testes de stress do Banco Central Europeu (BCE).
O CONFIDENCIAL sabe que Isabel dos Santos está determinada em fazer vingar a sua posição e que o Banco Nacional de Angola já informou Fernando Ulrich que pretende ver a situação accionista do BFA resolvida até ao final do mês, exigindo que a maioria do capital fique em mãos de accionistas locais.