A M. Coutinho, quarto maior grupo de retalho automóvel, foi salva da insolvência por capitais angolanos. A operação teve o aval dos bancos credores, mas sofreu forte contestação de alguns dos herdeiros do grupo, que, depois da morte do fundador Manuel Coutinho, em Maio, contestaram a liderança de António Coutinho, um dos filhos e o actual CEO do grupo.
A solução acabaria por levar António Coutinho a comprar as posições dos outros herdeiros e posteriormente a vender a maioria do capital do grupo a investidores angolanos.
A M. Coutinho teve uma fortíssima expansão nos últimos 15 anos, sustentada por financiamentos bancários, mas a crise do sector automóvel, a partir de 2008, acabaria por criar grandes problemas financeiros ao grupo.
A entrada de accionistas angolanos permitirá não só amortizar parte do passivo bancário, mas também reforçar a presença do grupo no mercado angolano.