O Banco de Portugal está a dilatar o prazo de negociação do Novo Banco de tal modo que a venda poderá já estar inviabilizada antes das eleições legislativas.
O modelo do Novo Banco está ultrapassado, com um backoffice muito pesado e níveis de estrutura excessivos, com a agravante de possuir uma rede de balcões demasiado especializados, não apresentando a agilidade necessária para a captação de recurso.
De referir ainda que o Novo Banco foi obrigado pelo BCE a avançar com um aumento de capital de pelo menos mil milhões de euros, tendo 251 milhões de euros de prejuízo por imparidades no primeiro semestre, ao qual acrescem cerca de 830 milhões de euros de litigância e eventualmente cerca de 40% do activo imobiliário poderá estar sobrevalorizado.
Ao fim de um ano da Resolução no BES, o Novo Banco poderá assim representar um custo de cerca de 10 mil milhões de euros, valor que mais que duplica o próprio valor da Resolução. Ora, se os chineses só estarão disponíveis para pagar 3 mil milhões e mais mil milhões para o aumento de capital, ficam a faltar cerca de 6 mil milhões de euros, valor este que terá que ser alocado ao Fundo de Resolução.