A aprovação do Banco de Portugal ao novo Conselho de Administração da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) é transitória e foi concedida para evitar um vazio de poder na instituição e afastar o mais rapidamente possível o anterior presidente, Tomás Correia.
O banco central tem agora 30 dias para se pronunciar sobre a idoneidade e as competências dos nomes que lhe foram apresentados, mas, apesar de ainda não haver nomeação formal, já fez um pré-escrutínio aos nomes apresentados.
Como o CONFIDENCIAL já referiu, na semana passada, as investigações ao Finibanco Angola poderão levantar problemas a João Cunha Neves e a Luís Almeida, depois de a Procuradoria-Geral da República ter confirmado que está a investigar operações do Finibanco Angola, o banco angolano do grupo Montepio Geral e de que ambos são administradores, que indiciam a prática de operações de branqueamento de capitais.
Além da ligação ao Finibanco Angola, Luís Almeida e João Cunha Neves são próximos do ex-presidente, Tomás Correia, o que agrava as desconfianças do banco central.
Fernando Santo, ex-secretário de Estado da ministra Paula Teixeira da Cruz, entretanto nomeado administrador da empresa que gere os imóveis do grupo do Montepio , é outro dos nomes que levanta objecções, neste caso dada a sua inexperiência no sector bancário. A aceitação de Fernando Santo poderá assim ficar condicionada à atribuição de pelouros que não tenham directamente a ver com dossiers bancários.