A empresária angolana Isabel dos Santos desistiu da proposta de fusão do BCP com o BPI, onde é a segunda maior accionista, apostando agora num reforço da sua posição no BFA, o lucrativo banco angolano do grupo BPI. No BFA, o BPI controla 51% do capital e os restantes 49% são da Telecom angolana Unitel, na qual Isabel dos Santos é a accionista de referência, com uma posição de 25%.
O BPI vai ter de diminuir a sua posição no BFA, pois o facto de controlar a maioria obriga a integrar nas suas contas a totalidade do risco das aplicações com dívida pública angolana. Na impossibilidade de cobrir estes riscos com um aumento de capital pesado, cumprindo as novas exigências do Banco Central Europeu, a solução passaria pela alienação de parte da posição, reduzindo-a abaixo dos 50% e evitando a integração a 100% dos riscos com Angola.
No primeiro semestre, quase 90% dos resultados líquidos do BPI foram gerados no BFA.