Energia na mira do investimento chinês

O peso do financiamento da China a Moçambique deverá crescer quase 50%, face aos valores actuais, com um novo empréstimo de 400 milhões de dólares, anunciado na semana passada, para a construção de 600 quilómetros de linha eléctrica entre as províncias da Zambézia e Nampula. A China já é o maior credor de Moçambique, depois de ter aumentado, em 160% desde 2012, o financiamento ao país, onde estão a ser preparados importantes investimentos com capital chinês.

A construção da central norte do aproveitamento hidroeléctrico de Cahora Bassa, um investimento de 368 milhões de euros, conta com a participação da China Three Gorges e a State Grid, accionistas da EDP e da REN, respectivamente.

A State Grid pretende ainda financiar e construir a central hidroeléctrica de Mpanda Nkua, projectada para ser a segunda maior do país. O projecto foi inicialmente entregue a construtoras brasileiras, em 2010, mas sofreu vários atrasos e problemas, devendo agora ser relançado com o apoio de capitais e de construtoras chinesas.