O descontentamento de crescentes sectores do Partido Socialista com a candidatura de António Sampaio da Nóvoa à Presidência da República está a levar a que traços da personalidade deste ex-professor universitário sejam revelados, fundamentando argumentos que reforçam a contestação ao apoio do PS na sua corrida a Belém.
Sampaio da Nóvoa sempre foi visto em alguns sectores académicos como um reitor “escorregadio”, porque tentava “não se comprometer”, sobretudo em situação de potencial confronto, evitando decidir para não causar melindre e proteger-se de situações que potencialmente o desgastassem.
Para os seus colegas, Nóvoa preferia esperar para “ver como as coisas evoluíam, quem ganhava” para depois decidir “num sentido idêntico”. Sectores do PS consideram que o próximo Presidente da República, sobretudo num contexto político-económico que se antevê como especialmente delicado, não pode ser “hesitante e frágil”. O próximo Chefe do Estado tem de ser “afirmativo”.
Por isso, a contestação a Sampaio da Nóvoa cresce, à medida que a candidatura de Maria de Belém Roseira ganha solidez.