Os 10 blocos onshore que a petrolífera angolana Sonangol vai licitar tem um potencial de 7 mil milhões de barris, equivalente a mais de metade dos 12,6 mil milhões de barris das reservas conhecidas de Angola.
A Sonangol convidou hoje 97 empresas pré-qualificadas, entre as quais as portuguesas Galp e Partex, a apresentarem, até 18 de Setembro, as suas propostas para exploração petrolífera de 3 blocos do onshore do Baixo Congo e de sete do onshore da Bacia do Kwanza. Para operador dos blocos estão pré-qualificadas 39 petrolíferas estrangeiras, enquanto para não operadores estão pré-qualificadas 48 companhias, grande parte das quais de capital angolano.
Os operadores terão obrigatoriamente de trabalhar com companhias angolanas para cumprir o plano do governo de aumentar a participação de grupos locais na exploração de recursos do país
Além das portuguesas Galp Energia e Partex, foram também pré-seleccionadas, a norte-americana Chevron, a italiana ENI e a Glencore. A exploração petrolífera nas bacias do Kwanza e do Congo chegou a ser feita, no passado pelas empresas Fina e Total, tendo, somente no poço Canguela Norte, a 60 quilómetros de Luanda, a Fina produzido 100 milhões de barris.
Os custos de exploração de poços no offshore, que disse serem de cerca de 100 milhões de dólares (cerca de 73 milhões de euros), enquanto no onshore os valores se situam entre os 15 e os 20 milhões de dólares.
A Sonangol pretende realizar uma segunda licitação de 5 blocos no onshore angolano, num horizonte de dois anos e meio a quatro anos, sendo quatro na bacia do rio Kwanza e o restante na do rio Congo.
Angola é actualmente o segundo maior produtor de petróleo na África subsaariana, atrás da Nigéria, com uma produção de cerca de 1,7 milhões de barris/dia a cargo de empresas como a Chevron, Total, Exxon e BP. Luanda anunciou como objectivo atingir dois milhões de barris em 2017, depois de anteriormente ter sido equacionado o ano de 2015. O crude representa 97% das exportações e 80% da receita do Orçamento de Estado