A Pharol, ex-Portugal Telecom SGPS, vai avançar com um megaprocesso contra Zeinal Bava, Henrique Granadeiro e a Deloitte, respectivamente CEO, chairman e empresa auditora da PT, acusando-os de má gestão da empresa. Em causa está o financiamento de 897 milhões de euros, concedido pela PT à Rio Forte, a holding do Grupo Espírito Santo, que viria meses mais tarde a entrar em colapso financeiro.
A estratégia da administração, liderada por Luís Palha da Silva, assenta em três frentes simultâneas: reclamação da dívida junto do tribunal do Luxemburgo, onde está a ser tratado o processo de insolvência da Rio Forte, reclamação junto das instâncias portuguesas e um processo contra a Deloitte e toda a antiga administração da PT.
Os bancos credores da holding Rio Forte querem provar que a PT era parte relacionada do GES, logo credora subordinada e sem primazia na reclamação de créditos. A Pharol, por seu lado, defende que o GES não é parte relacionada à luz da legislação internacional.