O processo de venda do BESI aos chineses da Haitong está envolto em algumas situações, que poderão mais cedo ou mais tarde levar os contribuintes a pagar mais um estrago na banca nacional. O BESI foi alienado sem qualquer risco de litigância para o actual accionista, passando essa responsabilidade para o Banco de Portugal e potencialmente para o Estado português. O acordo de venda contempla ainda a não responsabilidade dos chineses face à imparidade registada pelo banco de investimento. No último trimestre de 2014, a imparidade atingia os 230 milhões de euros.
Segundo o que o CONFIDENCIAL apurou, os chineses da Haitong estarão já a preparar uma possível fusão do BESI com o recém-adquirido Japaninvest e assim fazer face aos gigantes norte-americanos da banca de investimento. Segundo uma fonte do mercado, “o Novo Banco libertou os activos do BESI que, ponderados pelo risco, melhoraram o seu rácio de solvabilidade em mais de 50 pontos base, ainda que a Haitong tenha que libertar cerca de 3,5 mil milhões de euros para o apoio à liquidez, que vinha ser fornecido pelo Novo Banco.