A corrida final à compra do Novo Banco poderá resumir-se a três propostas vinculativas, depois da desistência do Santander, que não está disposto a ir a leilão competitivo e considera excessivo o valor investido pelo Fundo de Resolução, e de uma aliança das duas propostas dos private equity norte-americanos Apollo e Cerberus.
Da parte dos americanos a repartição dos activos do Novo Banco, após a compra, deixaria a Apollo com o banco, refazendo o ticket de bancassurance com a Tranquilidade, do antigo grupo BES. A Cerberus, por seu lado, estará apenas interessada no património imobiliário do Novo Banco.
Os activos imobiliários estão registado no Balanço por 2 mil milhões de euros, mas deverão de facto valer metade deste valor. Uma diferença de valor, que poderá levar o futuro dono do Novo Banco a pedir uma indemnização ao Estado.
Entretanto está já garantido que o comprador não terá riscos de litigância futura. O Governo terá já pensado numa solução que passará pela emissão de cartas de conforto aos compradores, que cubram eventuais processos que venham a correr contra o Novo Banco