Maçonaria e Opus Dei em guerra pelo controlo do Montepio

A nomeação de José Félix Morgado para suceder a Tomás Correia na presidência da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) está agitar a maçonaria portuguesa, que se opõe à entrega do banco a um católico que pertence ao Opus Dei. O Montepio Geral sempre foi uma instituição que gravitou em torno da maçonaria e o seu logótipo, o pelicano com a cria, é aliás um símbolo maçónico. Da galeria de presidentes do Montepio Geral constam alguns grandes nomes da maçonaria portuguesa e, em particular, do Grande Oriente Lusitano.

A contestação a Félix Morgado esta ser comandada por uma associação de investidores do Montepio, liderada por Luís Varennes, candidato derrotado por Tomás Correia nas últimas eleições para a presidência da instituição (2013) e auto-intitulada Associação Salvem os Pelicanos.

Félix Morgado conta com o forte apoio de antigos quadros do BCP, com quem se cruzou quando Jardim Gonçalves era ainda o presidente do banco, entre os quais o administrador do Banco de Portugal António Varela, que foi director-geral adjunto, e António Cunha Vaz, dono da agência da comunicação CVA, que tem a Inapa e o Montepio como clientes e que foi, ele próprio, antigo director de comunicação do BCP.