Angola está a negociar com Pequim o reforço da linha de financiamento chinês para a reconstrução do País, o que deverá implicar um aumento dos fornecimento de petróleo angolano à China. Neste momento, a China, que mantém uma parceria estratégica com Angola desde 2010, já é o destino de metade da produção petrolífera de Angola.
O presidente angolano José Eduardo dos Santos deverá visitar a China em breve, a convite do homólogo chinês, Xi Jinping, num sinal claro do reforço das relações entre os dois países. Depois das obras públicas, os chineses estão agora interessados em investir nas áreas da agricultura, energia, indústria, minas e na formação de quadros
O financiamento e o investimento em projectos estruturastes nas áreas da e energia, águas e agricultura vão tornar-se prioritários no quadro da parceria estratégica existente entre angolanos e chineses.
Na V Comissão Mista de Cooperação Bilateral, que decorreu na semana passada, em Pequim, ficou decidido que no sector da agricultura, os chineses apoiarão projectos de irrigação, mecanização, produção e a transformação de bens, tendo como meta a aceleração da industrialização do país. A delegação da China manifestou o interesse em instalar, a curto prazo, em Angola, sucursais de alguns bancos de direito chinês. A Comissão concordou também que para dar sustentabilidade aos futuros Pólos de Desenvolvimento Industriais, nas diferentes regiões de Angola, será necessária uma maior aposta nas infra-estruturas, fundamentalmente nas estradas e caminhos-de-ferro, tendo em vista a criação de uma base logística.
Na formação de quadros, uma das apostas da nova etapa de cooperação, estão disponíveis 231 bolsas para angolanos estudarem em universidades do país asiático, número que ultrapassa em 71 vagas a anterior cifra anual. Outro ponto da agenda será a facilitação de vistos.
A Comissão Mista foi criada na sequência da primeira sessão da Comissão Orientadora da Cooperação Económica e Comercial entre Angola e a China que decorreu em Pequim, em Abril.
Em 2014, o comércio entre os dois países alcançou 37,07 mil milhões de dólares norte-americanos, sendo Angola o segundo maior parceiro comercial da China em África, depois da África do Sul.
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