Paulo Trigo Pereira, um dos economistas do ISEG da equipa que preparou o programa macro-económico do PS, garante que o défice de 2015 ficará seguramente acima dos 2,7% anunciados pelo governo no Orçamento de Estado para 2015 e inscrito como valor de referência no cenário do Programa de Estabilidade e Crescimento. O economista fez a contas e garante que o défice ultrapassará mesmo o limite dos 3,0%, mantendo Portugal em procedimento por défices excessivos.
Desvios desfavoráveis de quase 650 milhões de euros nas despesas com pessoal, de 470 milhões com as receitas de impostos e de mais de 570 milhões nas contribuições para a Segurança Social, implicarão um desvio total de 962 milhões no défice, equivalentes a 0,54% do PIB. Assim sendo, o défice de 2015 ficaria nos 3,24%. Isto, apesar da almofada de 217 milhões com a sobre orçamentação dos custos com pessoal dos Fundos e Serviços Autónomos, dos 156 milhões de despesas a menos com pensões e dos 340 milhões com subsídios de desemprego