A estrutura accionista da NOS deverá ficar arrumada até ao final do ano. O acordo parassocial assinado entre os dois accionistas de referência da operadora, os portugueses da Sonae e a empresária angolana Isabel dos Santos, aquando da constituição da empresa, estipula o final de 2015 como data limite para que qualquer um deles possa fazer uma oferta de compra da posição do outro, em termos preferenciais.
As relações entre as duas partes azedaram, depois de Isabel dos Santos e a Sonae terem rompido o acordo para desenvolvimento conjunto de uma rede de hipermercados em Angola. A empresária angolana optou por avançar sozinha, contratando á Sonae o CEO da sua Modelo Continente, Miguel Osório, e João Paulo Seara, o homem que a Sonae colocara em Luanda para preparar o arranque do projecto. As contratações foram encaradas pela parte portuguesa como uma espécie de traição, corroendo ainda mais o relacionamento entre o grupo português e a empresária angolana.
Certo é que, independentemente da estrutura accionista, o actual CEO da NOS, Miguel Almeida, tem substituição garantida. Com a eleição da nova equipa de gestão, caberá aos accionista angolano indicar o CEO.